Resenha – Anime: Shingeki no Kyojin

“Sie sind das Essen und wir sind die Jäger” (Eles são a presa, e nós somos os caçadores)

Eu não aguentava mais ouvir falar de Shingeki no Kyojin – ou Ataque dos Capirotos Attack on Titans, ou aquele anime dos gigantes pelados que comem pessoas. Cada amigo meu que curte animes já tinha comentado sobre ele e dito “Você precisa assistir!”. Eu só demorei a fazer isso porque não costumo ver muitos animes, geralmente prefiro ler o mangá. Mas não me arrependo de ter parado para assistir, não só por ser MUITO foda bem feito como também pela trilha sonora sensacional.

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Em uma espécie de futuro distópico/alternativo / pseudo-medieval, sobreviventes de várias nações são forçadas a viver dentro de grandes muralhas. A ameaça que as forçou a se unir foram os capirotos titãs: humanóides gigantescos, pelados (-q), bizarríssimos e desprovidos de inteligência, cujo único instinto parece ser o de devorar pessoas.

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No momento em que o anime começa, vemos que as pessoas já estavam acostumados a 100 anos de “paz” dentro das muralhas, que os protegiam até que um titã colossal nunca antes visto aparece e quebra uma delas. É aí que conhecemos o personagem principal Eren e seus amigos, o viadinho Armin e a super motherfucker das galáxias Mikasa.

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Após o trauma de ver sua mãe ser comida por um capiroto hue devorada por um titã, Eren consegue escapar para um nível mais interno das muralhas. Num momento de fúria, ele decide que um dia vai matar todos esses filhos-da-puta acabar com todos os titãs para que a humanidade seja livre novamente.

Então, seguido por seus amigos, ele se alista no treinamento do BOPE das tropas que se fodem lutam contra os titãs.

Pede pra sair!!

Pede pra sair!!

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Aqui vale ressaltar que achei maneiríssima a tecnologia criada pelo autor para lutar contra os gigantes. Os troços são tão bicho-ruim que aparentemente nada os mata – eles se regeneram caso algum membro é cortado, até mesmo a cabeça. A única forma de matá-los definitivamente é dando um pedala-Robinho cortando-os em um ponto específico da nuca. Sendo gigantes, a forma de chegar até a nuca deles e efetuar o corte é através de um dispositivo de locomoção 3D  – ou 3D Maneuver Device (ok, eu nunca vou pronunciar o nome certo desse troço e realmente não sei como eles falam em japonês).

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De qualquer forma, o troço 3D consiste num sistema de cabos com ganchos e um propulsor à gás, que permite às pessoas voar pela cidade chegar  à nuca dos gigantes e desviar deles com velocidade.

O que me impressionou e me fez tirar o chapéu para a equipe que fez o anime foi a forma como eles traduziram esse movimento do mangá para a animação – o resultado são cenas super cool, com manobras que ficaram muito bem animadas (muitas vezes em primeira pessoa). Os caras se dedicaram tanto pra tornar esses movimentos reais que até esqueceram de animar algumas outras cenas, com passagens em fade out e backgrounds completamente estáticos hue. Mas acho super válido!

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O que te prende à história são todos os porquês que ficam no ar. Vocês devem ter percebido que nem ao menos situar historicamente os eventos foi possível, pois os próprios personagens não sabem. O que são os titãs? De onde eles vêem? Como acabamos com eles? Entre outras muitas perguntas que vão surgindo conforme a história anda e você vai vendo que, talvez, a maior das ameças esteja dentro das muralhas! TAN DAN DAN! (no spoilers intended)

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Acho válido citar meu personagem favorito, o Capitão Nascimento Levi – líder do BOPE esquadrão de operações além-muralha – os Recon Corps. É a esse esquadrão que Eren e a maioria dos seus amigos se junta, e seu objetivo é descobrir mais sobre os titãs, buscar recursos fora das muralhas e tentar recuperar terras para a humanidade e falhar miseravelmente.

A força militar das muralhas é formada por mais dois esquadrões: os PM’s corruptos Military Police, os mais prestigiados e que tem direito a ficar dentro das muralhas mais internas servindo ao rei (ou seja, pra onde todo mundo quer ir) e os inúteis Garrisons, que são aqueles que ficam de guarda no topo das muralhas.

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A primeira temporada do anime tem 24 episódios e avança bastante na história, mas eu não aguentei esperar pela segunda e parti pro mangá, que é publicado mensalmente no Japão. No momento a história está numa fase mais “cerebral” do que de ação, como no começo do anime. Mas isso não me desagrada, e acho uma ótima pedida para quem curte animes/mangás com uma trama cheia de suspense e conflitos políticos/sociais/psicológicos, como Death Note ou Monster. Vale citar que o mangá será publicado em breve aqui no Brasil pela Editora Panini. Só um aviso: não se apegue demais aos personagens! (George Martin alert)

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Ah, é claro, como eu poderia me esquecer: a trilha sonora!! Não apenas as aberturas e encerramentos: toda a OST é muito boa. Quem faz as duas aberturas da 1ª temporada do anime é a banda Linked Horizon, que mistura alemão e japonês nas letras. Várias sátiras foram feitas com a primeira abertura, Guren no Yumiya, mas a melhor de todas foi a montagem com um clipe indiano. Confiram abaixo as versões original e zoada. 😉

7 comentários em “Resenha – Anime: Shingeki no Kyojin

  1. Melhor resenha que já vi.
    Muito bem feita, retrata a realidade do anime e não dá nenhum spoiler. Me arrancou várias risadas, muito divertida.
    A que eu mais ri foi:”Só um aviso: não se apegue demais aos personagens! (George Martin alert)” haha, muito boa. Parabéns, resenha NOTA 10!

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